Esta expressão foi adotada como significado de "pessoas com baixa visão" e, por isso, aparece no nome da nossa associação. Tecnicamente, um amblíope é uma pessoa que sofre de ambliopia, um enfraquecimento da visão sem lesões oculares e, consequentemente, a expressão não engloba todas as pessoas com baixa visão. 

Trata-se de um software que é instalado num computador/smartphone para servir de interface entre o equipamento e um utilizador com baixa visão. Permite a ampliação da informação que surge num ecrã, a alteração de contrastes, criação de lupas virtuais, alteração de ponteiros de rato para criar maior contraste e diferentes níveis de ampliação. Também pode exercer outras funções como por exemplo interagir com um sintetizador de voz ou uma linha Braille.

São dispositivos eletrónicos que têm como função ampliar o que é captado por uma câmara e reproduzir a imagem num monitor. Os mais pequenos são portáteis e indicados para ler correio, rótulos, etiquetas de preços e ementas, enquanto os maiores e fixos são mais indicados para ler documentos, revistas e livros e acompanhar aulas e apresentações. Regra geral permitem alterar os contrastes e o grau de ampliação.

É uma adaptação que pretende tornar um conteúdo visual acessível a pessoas com deficiência visual. Este recurso é utilizado pela televisão, cinema, teatro para descrever os cenários e os movimentos e expressões faciais dos atores, e pelos museus para descrever peças.

Existem dois tipos de livro em formato áudio: os produzidos a pensar no público em geral, à venda em livrarias e nos websites das editoras, que podem incluir efeitos sonoros e o narrador pode ser um ator e/ou uma pessoa famosa; os produzidos a pensar em pessoas com deficiência visual, onde a intenção é reproduzir o livro original sem influenciar a interpretação. Estes são fornecidos gratuitamente pela Biblioteca Nacional e a Biblioteca Sonora do Porto.

É uma perda parcial da visão, cujos efeitos podem ser atenuados, em muitos casos, por meio de aparelhos e dispositivos de reforço da visão. Segundo o Conselho Internacional de Oftalmologia a baixa visão é um grau de visão entre 0,3 e 0,05. Um valor mais baixo corresponde à cegueira.    

É o nome mais indicado para a bengala que muitas pessoas com deficiência visual usam para detetar obstáculos e explorar o mundo à sua volta. De preferência a bengala é branca para aumentar a sua visibilidade mas algumas pessoas usam versões de cor do alumínio. A maioria de pessoas prefere uma bengala desdobrável que podem guardar na mala ou no bolso enquanto viaja de transportes. Existem diversas formas de ponteira para permitir o uso de técnicas diferentes e para lidar com pisos irregulares.  Embora seja um dos símbolos da deficiência visual, algumas pessoas com baixa visão conseguem circular em segurança sem o apoio de uma bengala branca.   

É um sistema de leitura e escrita em alto-relevo. A base do sistema é a célula Braille constituída por seis pontos (duas colunas, cada uma com três pontos cada), que permite 63 de combinações. O sistema foi inventado para ser escrito em papel mas hoje em dia podemos encontrar braille na sinalética e em embalagens e no mundo de informática.  

É um serviço postal gratuito utilizado ou destinado a pessoas com deficiência visual. É considerado cecograma a correspondência em formato Braille, carateres ampliados ou registos sonoros. É obrigatório incluir a expressão “envio para cegos”, a tinta vermelha, junto ao endereço, em manuscrito ou carimbo.

É uma perda total ou quase total de visão. Segundo o Conselho Internacional de Oftalmologia a cegueira é um grau de visão abaixo de 0,05.

Uma condição visual que afeta a nossa capacidade de realizar tarefas do dia-a-dia e que é agravada pelo meio em que vivemos.

As Nações Unidas proclamaram o dia 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com o objetivo de consciencializar a sociedade para a igualdade de oportunidades a todos, promover os direitos humanos e a inclusão social e celebrar as conquistas das pessoas com deficiência.

É uma efeméride assinalada no dia 15 de outubro que celebra a independência, liberdade e confiança das pessoas com deficiência visual.

O Decreto-Lei n.º 3/2008 de 7 de janeiro criou as escolas de referência para alunos cegos e com baixa visão com vista a concentrar, no mesmo espaço, meios humanos e materiais que possam oferecer respostas educativas de qualidade a estes alunos.

Esta expressão é usada com frequência nos meios de comunicação como sinónimo de cego. No nosso entender a palavra invisual não é apropriada e a expressão pessoa cega apenas deve ser usada quando nos queremos referir a uma pessoa com cegueira, o que não é o caso da maioria de pessoas com deficiência visual.

Trata-se de um software que é instalado num computador/smartphone. Pode dizer-se que é um interface entre o computador/smartphone e um utilizador cego. A sua forma de trabalhar é recolhendo e processando todos os eventos que surgem no ecrã, preparando-os para “enviar” ao utilizador. Permite, por um lado o envio de informação falada via sintetizador e/ou para uma linha Braille.

É um dispositivo eletrónico utilizado para ler a informação que é exibida no ecrã de um computador/smartphone ou escrever. A Linha Braille pode ser conetada ao computador, através de um cabo ou via Bluetooth. Representa através de oito pinos plásticos que integrados numa célula piezoelétrica, sobem e descem de acordo com uma combinação pré-estabelecida. A esta combinação dá-se o nome de código braille. O número de células varia conforme o tamanho da linha braille, sendo os seus tamanhos mais usuais 12, 16, 20, 32, 40 carateres,  etc.

São audiolivros que possuem uma indexação criada para permitir uma navegação fácil, rápida e precisa no seu conteúdo. Permitem rapidamente posicionar a leitura num parágrafo, numa página ou qualquer elemento mais ou menos preciso, dependendo como tenha sido criada a indexação. Existem vários leitores para este formato, quer por software, que pode ser instalado num computador/smartphone, quer mesmo hardware específico, criado para o efeito.

Louis Braille nasceu a 4 de Janeiro de 1809, em Couvpray, uma pequena aldeia situada a cerca de 40 km de Paris.
Aos três anos de idade, enquanto brincava na oficina do seu pai, feriu-se com uma apara de couro que lhe roubou a visão de um olho e provocou uma infecção no outro. Ficou cego de ambos os olhos quando tinha cinco anos. Estudou primeiro em casa ajudado pelo seu pai, depois na escola primária local, e aos 10 anos ingressou, em sistema de internato, Escola Real dos Jovens Cegos em Paris, a única escola existente à altura na Europa, especializada no ensino para cegos.
As instalações desta escola sofriam de precárias condições de conservação, aliado a uma dieta alimentar deficitária, são apontadas para as causas da tuberculose de que viria a morrer em 1852. Nesta escola aprendeu a tocar piano, tornando-se um talentoso organista. Graças à sua habilidade e inteligência passou de aluno a professor nesta escola, onde o sistema de leitura e escrita que criou foi bastante apreciado pelos alunos.

Em meados do século XX, o Diretor da Perkins Escola para Cegos, nos EUA, considerava que as máquinas de escrever Braille existentes não tinham a qualidade necessária e decidiu produzir a "máquina ideal". Após décadas de experiência, em 1951 comercializou-se a máquina Perkins que rapidamente se tornou uma referência. Muito resistente e fácil de operar (tem apenas 9 teclas), mantém-se quase inalterada. Apesar da revolução tecnológica posterior, ainda é uma ferramenta indispensável para quem está a aprender escrever braille.

Trata-se de um software de reconhecimento ótico de carateres. Parte do envio de dados por uma fonte, podendo ser um ficheiro .pdf, .jpg  ou uma digitalização a partir de um scanner ou uma câmara. Retira e reconhece o conteúdo alfanumérico dessa imagem, desde que não seja manuscrito  e permite exportá-lo para um dos vários formatos editáveis, como doc, docx, rtf, txt, etc. Através deste processo torna mais fácil o acesso e manuseio de documentos pelas pessoas cegas ou com baixa visão.

O equipamento mais antigo para escrever Braille com rigor. A pauta segura o papel e indica a posição das células e os seis pontos de cada célula. Faz-se pressão com a punção para criar uma impressão no verso do papel. O Braille está escrito da direita para esquerda e é apenas legível depois de retirar o papel da pauta e vira-lo.

Existem pautas de diversos tamanhos, por exemplo com 4 linhas e 12 células por linha (para levar no bolso caso necessite de fazer um apontamento) e com 29 linhas e 34 células por linha. 

É a expressão mais indicada para nos referirmos às pessoas com limitações visuais graves em termos gerais, porque engloba pessoas com baixa visão e pessoas cegas sem criar distinção. De facto enfrentam as mesmas barreiras. Podemos usar também expressões como clientes com deficiência visual, eleitores com deficiência visual, artistas com deficiência visual e outras que referem ao papel que a pessoa tem na sociedade.       

As técnicas de guia foram desenvolvidas para garantir que uma pessoa sem deficiência visual e uma pessoa normovisual poderiam andar juntas com dignidade, segurança e conforto sem ter de parar ou dar muitas indicações verbais. Com prática, o guia e a pessoa guiada podem andar grandes distâncias em várias situações, ultrapassando diversos obstáculos, sem necessidade de interromper as suas conversas. Existem técnicas específicas para lidar com zonas estreitas, passar portas, indicar uma cadeira vazia, entre outras.

A UCLP, União dos Cegos de Língua Portuguesa, é uma organização constituída em 15 de Dezembro de 2014, que reúne as associações representativas de pessoas com deficiência visual de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

A União Europeia de Cegos constitui-se como a única organização internacional representativa dos interesses das pessoas com deficiência visual na Europa.

A União Mundial de Cegos é a organização internacional representativa das pessoas com deficiência visual do mundo inteiro, representando mais de 285 milhões de pessoas com deficiência visual, pertencentes a 180 países membros.