CAVI Lisboa participa na Conferência “SAVI APCAS – Ventos de Mudança”
Incremento do número de horas e contratação de Assistentes Pessoais foram temas em destaque nesta conferência
Aceitámos o convite da APCAS - Associação de Paralisia Cerebral de Almada Seixal para participar na sua Conferência Anual do Serviço de Apoio à Vida Independente (SAVI), que decorreu na Câmara Municipal do Seixal no passado dia 7 de novembro. A pedido da organização, o nosso CAVI Lisboa apresentou-se com dois elementos da equipa técnica, a Diretora Técnica e Assistente Social, Tânia Santos e a Psicóloga, Rita Neves, e uma das Beneficiárias do serviço de assistência pessoal, Maria Amélia Lopes.
A sessão de abertura contou com as intervenções do Presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, do Presidente da APCAS, José Celestino, da Coordenadora da equipa técnica MAVI, Fernanda Sousa, e da Diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, Maria Luísa Malhó.
Após as intervenções, seguiram-se 3 sessões sobre o Serviço de Apoio à Vida Independente. Na primeira, intitulada “Ventos de Mudança”, foram partilhadas experiências pelas técnicas do Instituto Nacional para a Reabilitação, do Instituto de Segurança Social e da APCAS, tendo sido abordadas as mudanças do último ano, consequentes da passagem a resposta social, e das diferenças que a mesma trouxe ao dia-a-dia de todos.
Na segunda sessão, na mesa redonda “Assistência Pessoal - A Mudança” tivemos o testemunho dos diferentes intervenientes do serviço, nomeadamente de Beneficiários e respetivos familiares, e de Assistentes Pessoais. A nossa Beneficiária, Maria Amélia Lopes, deu o seu contributo, mostrando-se grata pelo serviço, identificando que áreas da sua vida o mesmo ajudou a potenciar, nomeadamente na realização de sonhos que até então não tinham sido possíveis de concretizar pela falta de apoio. De um modo geral, para além das vantagens que a assistência pessoal trouxe para os Beneficiários e respetivas famílias, evidenciou-se a importância do papel do Assistente Pessoal enquanto agente de mudança e de capacitação. Foram ainda destacados os pontos fracos em termos de gestão do SAVI, nomeadamente em relação ao número de horas alocadas ao serviço, que não permitem responder às necessidades dos Beneficiários, e também a dificuldade em captar recursos humanos para a atividade de assistência pessoal.
Na terceira sessão, a mesa redonda intitulada “Perspetivas para o futuro - Qual a direção?”, na qual as técnicas do nosso CAVI Lisboa participaram enquanto oradoras, focou-se a perspetiva das equipas técnicas sobre as mudanças recentes e sobre os desejos para o futuro. Foram evidenciadas as vantagens que decorreram pela passagem a resposta social e identificados os pontos a melhorar, nomeadamente a necessidade do aumento de horas alocadas ao serviço, as dificuldades diárias com os meios de transporte, em especial nas zonas rurais, a contratação de Assistentes Pessoais e o relacionamento de proximidade entre equipa técnica e Beneficiários.